segunda-feira, 17 de maio de 2010

Momento imóvel


É interessante como cada vez mais me apego a coisas pequenas ou que parecem insignificantes. Hoje me despeço de St. Louis, na verdade terminei de escrever, já sinto falta daquele mundo que a tempo estava familiarizado, enquanto escrevia observava meus dedos, o que há neles além da carne?. o que a neles além de uma vontade esquecida?. Durante os últimos dias andei reparando nessas pequenisses, gosto muito da unha do meu dedo mindinho direito, não sei pq mas gosto, e acho que essas praias tem azul demais, reparei como a areia tende a entrar em meu pé esquerdo incomodando meus dedos. Agora durante esse meu recesso o tempo parece passar em um ritmo arrastado, talvez seja por isso que posso reparar em pequenos momentos, e quando acontece fico imóvel como se embebido pela vontade de dilatar o tempo ainda mais para não perder cada detalhe, vago por ai em busca de um momento imóvel, até quando terei capacidade de dilatar o tempo? Hoje, não sinto conforto em escutar nenhuma voz, prefiro tentar escutar esse vácuo do tempo dilatado que é imune a cicatrizes do passado e esse som inaudível embala meus pensamentos na balada do silencio que freqüentemente me conforta, até quando? Só posso a pedir a todos deuses desse silencio que me protejam de tanta mágoa " Toda raiva é muda e o silêncio incita a cólera" ( palavras de Nestor Castro Sotters)

Um comentário:

  1. "Um cão não vê utilidade em carros elegantes,
    Nem em casarões, nem em roupas de grife.
    Um graveto serve para ele.
    Um cão não se importa se você é rico ou pobre,
    Talentoso ou sem graça, inteligente ou burro.
    Dê a ele o seu coração e terá o dele.
    De quantas pessoas você pode dizer isso?
    Quantas pessoas o fazem sentir-se único, puro e especial?
    Quantas pessoas o fazem sentir-se extraordinário?"

    texto do filme Marley e Eu. Resolvi deixar pra ti, pq me lembrei que tu tinha comentado do seu gatinho.
    Beijos.

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